Clube de Teatro do Agrupamento vence prémios de Melhor Peça e de Melhor Interpretação
O Teatro Viriato foi o local escolhido para a entrega de prémios do 23º Festival de Teatro Jovem e Amador de Viseu que, em 2024, contou com a apresentação de 15 peças de teatro, promovidas e interpretadas por grupos provenientes de escolas e associações e instituições do concelho.
Foi com muito orgulho que sentimos recompensados o empenhamento, a dedicação e o amor ao teatro dos nossos alunos que frequentam os clubes de teatro “Argonautas”, na escola sede Infante D. Henrique, dinamizado pelas professoras Florbela Sá Cunha, Maria de Lurdes Fernandes e Isabel Maria Santos Silva, e “Só no palco”, na Escola D. Luís Loureiro, dinamizado pela professora Florbela Sá Cunha.
As peças de teatro “Depois da noite, o cravo”, apresentada pelo grupo Argonautas, no Auditório Mirita Casimiro, no dia 19 de maio e “Um canto e um campo: histórias de um tempo à sombra da memória“, apresentada pelos alunos de Só no palco, no dia 7 de Junho, foram nomeadas para melhor peça na categoria escolar. Também os alunos Daniela Silva, Gabriela Santos, Lucas Madeira, Letícia Santiago e Maria Clara Campelo, foram nomeados para a melhor interpretação.
O Agrupamento Infante D. Henrique ganhou os prémios de melhor peça da categoria escolar, atribuídos à peça de teatro “Um canto e um campo: histórias de um tempo à sombra da memória” do grupo Só no Palco, da Escola Básica D. Luís de Loureiro, e a melhor interpretação da categoria escolar conquistada pela aluna Maria Clara Campelo.
Porque “educar não é encher um copo, mas acender uma chama” (Aristófanes), que as artes, o património e a cultura possam, cada vez mais, promover uma aprendizagem associada ao prazer, ao jogo, à experimentação e à criatividade.
O espetáculo “Um canto e um campo: histórias de um tempo à sombra da memória” pretendeu celebrar a liberdade, partindo de obras literárias como “As aventuras de João sem medo”, “Os Lusíadas”, poesia de Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner, José Régio, entre outros.
A liberdade é uma das grandes questões da humanidade. Ser livre é o desejo de todos os seres humanos. A peça é uma homenagem a dois vultos que se destacaram, de forma distinta, nas suas lutas pela liberdade, Luís de Camões e Catarina Eufémia. O poeta e a ceifeira, vozes separadas pelos séculos. A palavra escrita, o canto que se torna canto de epopeia. A palavra dita que nos campos se levanta em defesa de melhores condições de vida.
Com o espetáculo pretendeu-se recriar um ambiente livre, minimalista, onde o imaginário visual pretendido foi o de imagens corporais representativas de diferentes épocas, diferentes lugares, diferentes lutas.
Neste espetáculo, celebrou-se o poder da poesia, o poder da voz, o poder da liberdade, 500 anos de Camões, 50 anos do fim da ditadura em Portugal, indo assim ao encontro do tema do Projeto Cultural de Escola, “À sombra da memória”.
A escola enquanto espaço agregador de conhecimentos e com responsabilidade na construção da cidadania de cada aluno/ ser humano tem um papel importante no acesso às artes e à cultura, nesse sentido, embora ao longo do ano letivo se promovam diferentes momentos culturais, foi nosso objetivo, ao participar no Festival de teatro, criar uma experiência cultural que tenha impacto nos nossos alunos e lhes permita participarem mais ativamente através da arte.